Turismo Rural – Reservatório da Hidrelétrica Barra Grande reúne atrações turísticas

A área, que abrange mais de 5,5 mil hectares, recebe visitações em grupo.

Crédito da imagem: Baesa/Divulgação

A hidrelétrica da Barra Grande é lembrada pela sua grandiosidade e relevância social, econômica e ambiental. Abarcando um grande reservatório, que vem se firmando como atração turística na serra catarinense, a usina é a única na bacia do rio Uruguai. Agora, para facilitar a atividade turística, um endereço virtual aborda a região: é o Portal Parque dos Lagos.

O portal dá ainda mais visibilidade ao local, demonstrando seu Patrimônio Natural e Cultural, assim como o vistoso valor turístico. 

A iniciativa online é da Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos (ADREL), com apoio financeiro e institucional do Instituto Alcoa e da Energética Barra Grande S/A (Baesa), que detém a concessão da hidrelétrica.

Página inicial do Portal Parque dos Lagos. Crédito da imagem: Reprodução.

No endereço virtual, também podem ser conferidos outros roteiros turísticos e serviços disponíveis na região.

Exuberância natural e valor turístico 

Crédito da imagem: Baesa/Divulgação

Situada em uma divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a usina é destino turístico nos municípios que fazem margem com o grande reservatório de água que se formou: um lago com área de 5,5 mil hectares, cercado com mais de 70% de mata nativa. Por essas áreas, cachoeiras deságuam no reservatório. 

Nos entornos da região, florestas apresentam uma exuberante paisagem natural. Essa localidade mostra-se ideal para observação da fauna e da flora, prática de esportes náuticos e para a pesca esportiva.

Para firmar ainda mais o grandioso complexo como um destino turístico, agora a reserva conta com estruturas de acesso, como rampas e piers.

Além disso, a região é integrada pelo projeto Circuito dos Lagos, iniciativa que trabalha para melhoria da infraestrutura turística na região dos Lagos Catarinense. O objetivo deste circuito é proporcionar uma rota turística que gera o contato turístico com a natureza. O projeto é realizado pela Agência de Desenvolvimento da Região dos Lagos (Adel) - instituição que conta com colaboração dos municípios de Anita Garibaldi (SC), Campo Belo do Sul (SC), Capão Alto (SC), Cerro Negro (SC), Pinhal da Serra (RS), Esmeralda (RS), Vacaria (RS) e Bom Jesus (RS).

Visitação ao reservatório

O lago formado pelo reservatório aceita visitações, mediante agendamento antecipado. Esta atividade, no entanto, é somente de grupos. 

Para deslumbrar-se com a exuberância natural da região, o indicado é entrar em contato pelo telefone (54) 99961-3244, e verificar a possibilidade, inclusive, de passeios de barco pela reserva. Esse serviço é oferecido pela Pousada Perozzo, ambiente com chalés para hospedagem, camping e restaurante.

Outras informações podem ser requeridas pelo e-mail adrel@adrel.org.br.

Para chegar na local, basta seguir pelo acesso via Br 116 - na Pousada Perozzo.

História

Crédito da imagem: Baesa/Divulgação

O histórico da Barragem de Barra Grande, bem como de sua usina, começou em 1997, quando um consórcio, que originou a empresa Baesa, recebeu a concessão para construção da estrutura, bem como para a implantação da hidrelétrica.

Foi só no início de julho de 2005, que a hidrelétrica recebeu licença para o funcionamento cedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com isso, iniciou o enchimento do reservatório. 

As operações começaram em 2006 e a capacidade instalada da usina é de 690 Megawatts (MW), dividida em três unidades, com energia assegurada de 380 MW médios. Essa quantidade é suficiente para atender por volta de 26% da demanda catarinense ou cerca de 18% do total de energia consumida no Rio Grande do Sul.

Naquele ano, o jornalista Daniel Nascimento Medeiros escreveu um livro-reportagem que aborda impactos ambientais e sociais da usina. A obra circulou nacionalmente.

No entanto, para compensar os danos ao meio-ambiente, entre diversas medidas, a administração geral do local providenciou uma doação ao Governo Federal: a reserva de mais de 5 mil hectares de araucárias nativas da região. 

Além disso, a Baesa, respondeu, na época da concessão, que os apontamentos dos ambientalistas e da obra de Daniel Medeiros, não levam em conta os dados científicos e técnicos levantados em anos de pesquisas, além do Plano Básico de Análise Ambiental implantado no projeto.

Segundo texto da assessoria da empresa responsável, a usina “está gerando mais do que energia para impulsionar o desenvolvimento do Brasil. Seus projetos e ações socioambientais estão proporcionando sustentabilidade, qualidade de vida e desenvolvimento socioeconômico para a população residente no entorno” (texto no site da Baesa).


Matéria: Willian Schütz
Contato por e-mail: redacao.willianschutz@gmail.com
Imagens de Divulgação.



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