Curta catarinense reconhecido internacionalmente estreia em Florianópolis neste sábado (25)

Após passar por 14 festivais, “O Prazer é Todo Meu” terá exibição na sala de cinema do CIC; o evento contará com a presença da equipe envolvida na produção


Depois de conquistar plateias em 14 festivais no Brasil e no exterior, o filme "O Prazer é Todo Meu" terá sua primeira sessão em Florianópolis. Com presença da equipe envolvida na produção, a exibição será no sábado (25), às 19h, na sala de cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC). Escrito e dirigido por Vanessa Sandre, o curta-metragem alia sensibilidade e toques de humor para explorar a sexualidade feminina na terceira idade. 

A sessão em Florianópolis integra a programação do V Transforma - Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina. O evento contará com a presença de membros da equipe de produção. Os ingressos são  gratuitos e devem ser retirados pelo site  https://bit.ly/o-prazer-e-todo-meu.

Com cerca de 19 minutos, "O Prazer é Todo Meu" apresenta a história de Amélia, uma aposentada que vive uma vida tranquila e tem um casamento estável que já dura mais de cinco décadas. Certo dia, ela acaba percebendo que nunca experimentou a sensação de ter um orgasmo. Então, Amélia então inicia uma jornada de autoconhecimento em busca do prazer próprio. Nesse tom, a narrativa mescla elementos de drama e comédia. 

A protagonista foi interpretada por Margarida Baird, atriz e dramaturga com décadas de experiência e que coleciona papéis no cinema catarinense, além de ser a fundadora do grupo teatral "Teatro Sim... Por que não?!!" e do Círculo Artístico Teodora.

Produzido pela V Films, o filme tem forte ligação com Florianópolis. O projeto foi contemplado pelo edital do Prêmio Catarinense de Cinema, em 2019, com realização da Fundação Catarinense de Cultura. 

Após as instabilidades da pandemia, as filmagens ocorreram na capital catarinense, em 2022. Meses depois, a produção foi finalizada, e desde então, tem sido selecionada para diversos festivais. 

Mais informações tanto sobre o curta-metragem, quanto a respeito do festival Transforma podem ser conferidas no site: https://bit.ly/3MMa0LE.

Prestígio nacional e internacional

A estreia oficial do filme aconteceu no dia 7 de outubro, nos Estados Unidos, durante o Bread & Roses Film Festival, em Nova Jersey. No mesmo dia, o curta foi exibido no 7º Festival de Cinema de Muriaé, em Minas Gerais — onde a protagonista, Margarida Baird, foi premiada com o troféu de Melhor Atriz.  O curta também recebeu prêmio de Melhor Filme na mostra Olhar Brasilis do Festival Curta Santos — premiação realizada no último domingo (19).

Além do prestígio nacional, o filme segue com exibições no exterior. Isso porque a produção foi selecionada para três festivais na Espanha: o 35º Festival de Cinema de Girona, o XXII Festival Internacional de Cine de Almería e o 7º CityBlue Films Festival, em Vigo.

Outro destaque é a passagem pela 31ª edição do Festival Mix Brasil, que aconteceu em São Paulo neste mês de novembro. O evento é considerado o maior festival  LGBTQIAP+ da América Latina, contemplando cinema, literatura, teatro e música. 

Vanessa Sandre, diretora do curta - crédito: Natalia Petrechen
Sobre a diretora



Vanessa Sandre é roteirista, diretora, produtora e atriz. Com mais de 14 anos de experiência na área audiovisual, ela é bacharela em Cinema e Mestra em Literatura com foco em Feminismo e Estudos de Gênero, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Como roteirista e diretora, assina os curtas-metragens de ficção “Nuvem” (2014) e “O Prazer é Todo Meu” (2023). Seu trabalho é movido pelo desejo de explorar narrativas de vozes sub-representadas no cinema por meio de uma perspectiva feminista, interseccional e decolonial. 

Equipe envolvida

Além de roteirizar e dirigir "O Prazer é Todo Meu", Vanessa Sandre também foi responsável pela produção do curta. Ao lado dela, na produção executiva, esteve Adriano Rocha. Além deles, o projeto contou a direção de fotografia de Michele Diniz, direção de arte assinada por Dicezar Leandro e montagem e finalização feitas por Ananda Torres. A trilha sonora foi composta por Leonardo de Aquino, enquanto Guy Wenger ficou com os processos de edição e mixagem de som.

O elenco contou com Margarida Baird (como Amélia), Arly Arnaud (Adelaide) Elianne Carpes (sexóloga) e Luiz Carlos Conti (como Otto).

Festival Transforma

Realizado desde 2018, o Transforma é o primeiro festival de cinema de Santa Catarina voltado para filmes de curta e longa-metragem com enfoque em diversidade sexual, de identidades de gênero e cultura LGBTQI+.


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