Centro de Florianópolis - Bairro de Florianópolis
Região: Região Central da Ilha
Bairros próximos: José Mendes (2,6 km) | Saco dos Limões (4,8 km) | Agronômica (4,8 km) | Estreito (4 km) | Coqueiros (4,4 km)
Praias próximas: Praia de Cacupé (13 km norte) | Lagoa da Conceição (16 km leste) | Praia Mole (18,2 km leste) | Praia da Joaquina (19 km leste) | Praia do Campeche (15,4 km sul)
Distância: Aeroporto 17 km
Encontre também: gastronomia, passeios de barco, arquitetura colonial, vida noturna, museus, igrejas
O Centro de Florianópolis é o principal e mais antigo bairro de Florianópolis, fundado originalmente com o nome de Povoado de Nossa Senhora do Desterro, em 1675.
No centro está reunido o maior número de pontos turísticos e atrativos históricos e culturais da Ilha de Santa Catarina, como a Ponte Hercílio Luz, o Mercado Público de Florianópolis, a Praça XV de Novembro com sua Figueira Centenária, o Largo da Antiga Alfândega e todo o conjunto arquitetônico luso-brasileira do século XVII e XVIII presente nos prédios históricos.
Os variados museus do centro contam a história política, artística, cultural e bélica da cidade, como o Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, o Museu Victor Meirelles e o Museu de Armas Major Antônio de Lara Ribas.
As diversas igrejas também contam a história religiosa da capital, e chamam a atenção pelos acervos de arte sacra e arquitetura colonial, destacando-se a Catedral Metropolitana e a Capela do Menino Deus.
O forte comércio e a grande diversidade de serviços do Centro garantem ruas sempre movimentadas ao longo do dia, especialmente durante a semana. Já à noite o movimento de moradores e turistas concentra-se em poucos locais, como a Avenida Hercílio Luz, a Avenida Beira-mar Norte e a Rua Bocaiúva, com seus bares e restaurantes diversos.
Apesar do nome, o Centro está localizado no oeste da Ilha de Santa Catarina, entre o Morro da Cruz e o mar, no ponto mais próximo ao continente. No centro estão localizadas as três únicas entradas terrestres da ilha, o que aumenta ainda mais o problema de mobilidade urbana dessa que é a área mais populosa da cidade.
História
Falar sobre o Centro de Florianópolis é, muitas vezes, falar sobre história e os eventos que ocorreram no marco inicial da cidade.
Coração político da capital e do estado, o Centro já recebeu figuras extremamente ilustres como o Imperador Brasileiro Dom Pedro II e sua esposa, a Imperatriz Dona Tereza Cristina. Também foi palco da Novembrada, grande manifestação popular que ocorreu durante a visita do último presidente do regime militar, o general João Baptista de Oliveira Figueiredo.
Foi ali que o bandeirante Francisco Dias Velho desembarcou pela primeira vez, fundando o povoado de Nossa Senhora do Desterro e solicitando a construção de uma capela no local onde hoje se encontra a Catedral Metropolitana de Florianópolis.
Devido à sua posição estratégica entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires, Nossa Senhora do Desterro não demorou a se destacar nas atividades portuárias. As relações estabelecidas com outras regiões fizeram com que o fluxo de visitantes crescesse e também permitiram que o comércio florescesse ao redor do porto, em locais como o Trapiche Miramar, o primeiro Mercado Público e a Alfândega.
Para além da orla marítima, o crescimento do Centro foi orientado pela Igreja Matriz (Catedral Metropolitana) e pelos caminhos que levavam às fontes de água, próximas aos morros nos arredores. Até o início do século XIX eram quatro essas fontes, sendo que a maior e mais famosa delas era a do Rio da Bulha. Esse rio nascia no Morro da Boa Vista, passava por baixo da Ponte do Vinagre e desaguava ao lado do Forte Santa Bárbara.
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Na segunda metade do século XIX, os pequenos bairros que compunham o Centro começaram a ser diferenciar uns dos outros por conta da classe social de seus habitantes. Ao leste da atual Praça XV de Novembro, pescadores, lavadeiras e prostitutas viviam em pequenos cortiços. Já na direção oeste, algumas das famílias mais abastadas da cidade ocupavam belos sobrados.
O primeiro lugar da Ilha de Santa Catarina a ser utilizado como estação balneária pela elite da cidade foi a Praia de Fora, que corresponde à atual Avenida Beira-mar Norte. No final do século XIX, algumas famílias construíram suas residências de veraneio na região, então considerada distante da vida tumultuada do centro urbano. Ter uma casa na Praia de Fora, à época, era sinônimo de status social.
Foi também no final do século XIX que apareceram as primeiras propostas de aterramento das áreas alagadiças do Centro. Os principais argumentos defendidos eram dois: aproveitar o espaço para a construção de edifícios e impedir o depósito de lixo nesse tipo de terreno. Assim, em 1884, começaram as obras do aterro da Praia da Bela Vista, que se estendia do Forte Santa Bárbara até a subida do Hospital de Caridade.
Em 1896, o antigo Mercado Público foi demolido após décadas de funcionamento e em seu lugar foram plantadas algumas árvores. Apenas dois anos mais tarde, em 1898, foi que um novo Mercado Público de Florianópolis foi inaugurado. Ainda que a localização do edifício seja a mesma que conhecemos atualmente, apenas uma parte dela é resultado das obras originais.
Outros aterros e obras de grande porte foram executados ao longo dos primeiros anos do século XX, como a canalização dos rios, o alargamento das ruas, a construção de praças e a implantação de um sistema de iluminação pública com energia elétrica. Esse desejo de modernização eventualmente afastou as camadas mais pobres da população do Centro, o que ocasionou a ocupação dos morros do Mocotó e da Caixa.
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No entanto, a maior e mais importante obra a ser executada no Centro ainda estava por vir. Idealizada e executada pelo governador que lhe dá o nome, a Ponte Hercílio Luz foi uma impressionante obra de engenharia e arquitetura para a época. Até a sua inauguração, em 1926, a única maneira de chegar à Ilha de Santa Catarina era atravessando o canal à barco.
A paisagem do Centro continuou a se transformar através do século XX com os aterros das baías Norte (década de 1960), Sul (década de 1970) e a construção das pontes Colombo Salles (1975) e Pedro Ivo Campos (1991). Com o crescimento da população e do tráfego da capital, foram criados novos terminais urbanos (Sistema Integrado de Transporte) e, recentemente, um elevado que dá acesso à Avenida Beira Mar Norte.
Vídeo-fotos do bairro Centro
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