O que os moradores de Florianópolis pensam sobre moedas digitais

Florianópolis é a capital brasileira com maior participação do setor tecnológico em sua economia atualmente. Esse ambiente inovador tem favorecido a adoção de criptomoedas e ativos digitais na região.

Moedas digitais - Carteira digital

O avanço tecnológico na região

A capital de Santa Catarina já mostrou um crescimento no investimento tecnológico entre 2010 e 2023, passando de 600 para mais de 6 mil empresas do setor na região, e não parou por aí: a cidade, reconhecida em 2024 com o título “Capital Nacional das Startups”, é a capital brasileira com o maior percentual de geração de PIB pelo setor tecnológico, somando 25%, atrás apenas de Barueri (27,5%).

A evolução nessa área começou com o incentivo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a fundação das primeiras empresas tech lá nos anos 80. Softplan, Nexxera, Dígitro e Pixeon ajudaram a consolidar esse avanço, junto com a fundação da RD Station e Neoway, duas gigantes que foram adquiridas em acordos bilionários e começaram em Florianópolis. Esse interesse em tecnologia é uma crescente que favorece a adoção de moedas digitais.

Comércios locais já têm integrado criptomoedas em seus modelos de negócios, como a churrascaria Ponta D’Agulha e a Barbearia VIP, em parceria com a fintech Bancryp. Além disso, o Multi Open Shopping, localizado no bairro Rio Tavares, tornou-se o primeiro shopping center do Brasil a aceitar Bitcoin como forma de pagamento em praticamente todas as suas lojas.

Não importa a moeda digital que você tem, Bitcoin, Ethereum, BNB… utilizando a tecnologia blockchain para fazer as suas transações, você já pode pagar pela refeição com esses ativos.

O humor e receio da população

Apesar do entusiasmo inicial, muitos moradores mostram reação cautelosa. Em entrevistas informais nas ruas de Florianópolis, é comum ouvir o dilema: “gosto da inovação, mas ainda tenho medo de perder dinheiro”. Especialistas locais têm ressaltado a importância de campanhas educativas sobre segurança, volatilidade e tributação, pois o ecossistema cresceu rápido sem o mesmo avanço na formação cidadã sobre o tema.

Espaços físicos e eventos

Outro fator que influencia positivamente é a realização de meetups, workshops e eventos sobre criptomoedas na capital. A UFSC e os polos de inovação estão promovendo encontros gratuitos e palestras que mapeiam o interesse da população, conectando iniciantes a pros, trocando experiências e mitigando dúvidas. Essa circulação de conhecimento reforça o ambiente propício para adoção gradual.

Como investir em moedas digitais como pessoa física

Com o aumento da presença das criptomoedas no dia a dia e a disseminação de conhecimento sobre o assunto, muitos brasileiros já têm diversificado sua carteira de investimento e apostando em moedas digitais como complemento.

Para quem quer aplicar seu dinheiro em ativos digitais, é fundamental entender os passos básicos, os riscos envolvidos e onde buscar informações confiáveis:

  1. Escolha uma exchange (corretora de criptomoedas) confiável: faça seu cadastro, crie uma conta e, a partir disso, você já pode começar a comprar. Essas plataformas permitem que você compre, venda e armazene moedas digitais de forma relativamente simples, com pagamentos via TED, Pix ou cartão.
  2. Comece com valores baixos

Como o mercado de ativos digitais é volátil, a recomendação para iniciantes é investir apenas uma parte pequena do patrimônio (depois de fazer a sua reserva de emergência e investimentos de baixo risco, migre para investimentos de médio a alto risco).

  1. Estude as moedas disponíveis

Existem milhares de criptomoedas com propostas diferentes, como: utilizadas para contratos inteligentes e aplicativos descentralizados; com foco em velocidade e escalabilidade e até aquelas lançadas sem pretensão, por puro divertimento (meme coins).

  1. Fique atento à segurança

Use autenticação de dois fatores (2FA): vá até a área de segurança ou configurações de conta na exchange e ative a opção “Autenticação de dois fatores” ou “2FA”; evite deixar grandes quantias nas exchanges (prefira carteiras digitais próprias, chamadas wallets) e desconfie de promessas de lucros fáceis ou garantidos.

  1. Fique atento à regulação

A legislação brasileira está evoluindo e o Banco Central já acompanha o setor com atenção. A Receita Federal exige a declaração de criptoativos no Imposto de Renda, então é importante guardar todos os comprovantes de compra e venda.

Seja em Florianópolis ou qualquer outra cidade do Brasil, o avanço tecnológico nesse setor já é expressivo. Estude, aprenda e escolha os investimentos que fazem mais sentido pra você!

A vivência prática em Floripa

Em Florianópolis, há relatos de pessoas que começaram com pequenas compras de criptomoedas para pagar cafés e voltaram ao mercado financeiro com mais confiança. Elas afirmam que a experiência prática, aliada a eventos locais e conteúdo online, ajudou a dissolver o receio e construir um ciclo de aprendizado real. Comércios vêm se adaptando para informar o consumidor sobre o processo — muitas vezes há um QR code com instruções rápidas para pagar com cripto, e os atendentes explicam o passo a passo.

Tendências futuras e cidade conectada

Seja em Florianópolis ou qualquer outra cidade do Brasil, o avanço tecnológico nesse setor já é expressivo. Estude, aprenda e escolha os investimentos que fazem mais sentido pra você!

É possível que Florianópolis avance ainda mais com o conceito de “dinheiro digital local”. Há estudos não oficiais para criação de tokens municipais que poderiam ser utilizados no comércio local, incentivando a economia circular e premiando residentes por participação em ações sociais. A ideia, em fase inicial, ainda demanda regulamentação e apoio institucional, mas carrega potencial para aumentar o envolvimento da população com o ecossistema digital.


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