Ilhas Moleques do Sul

As Ilhas Moleques do Sul formam um conjunto com três ilhas, distantes, aproximadamente, 8,25 Km da ponta sul da Ilha de Santa Catarina,  Florianópolis, e a 14 Km da Ponta do Papagaio, em Palhoça, entre as coordenadas 27º 51´S e 48º 26´W.

O acesso as ilhas é restrito e o desembarque é permitido somente a pesquisadores, pois estão em zona de máxima proteção pertencente ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

A maior ilha do arquipélago tem 710 m de comprimento por 200 metros de largura e uma altitude máxima de 116 metros, em sua maior parte constituída por rochas graníticas expostas  recobertas por uma vegetação herbácea e arbustiva, característica de costões.

Os lados norte e leste são contornados por paredões de rocha e o acesso somente é possível pelo lado oeste, menos escarpado. Não há praias, nem enseadas ou portos naturais.

Berçario de Aves e Lar de Uma Espécie Rara de Mamífero

Consideradas como o principal local de reprodução de aves marinhas no litoral catarinense, as ilhas Moleques do Sul são muito utilizadas como dormitório e criatório natural por mais de 30 espécies de aves, como a Fragata, o Atobá-pardo e o Gaivotão.

Mas, sua notoriedade deve-se ao fato de ser o único ponto do planeta a abrigar uma espécie de roedor, a Préa Cavia Intermedia, endêmica do Brasil,  apontada como a espécie de mamífero mais rara do mundo, já que na ilha foram avistados pouco mais de 100 indivíduos da espécie.

A Cavia Intermedia é um pequeno mamífero de 25 centímetros e apenas 600 gramas de peso. Identificado pela ciência há apenas dez anos, seu aspecto físico lembra o de seus parentes do continente, mas estão separados há pelo menos 8 mil anos. Seu principais predadores na ilha são as aves de rapina como Carcará, o Carrapateiro, o Chimango, a Coruja do Campo e o Falcão Peregrino.



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