A Capela São Sebastião figura nos arquivos da Arquidiocese de Florianópolis como "Igreja São Sebastião do Rio Tavares", pois a sede deste bairro situava-se justamente no local onde a capela foi construída. Segundo a tradição oral, teria sido erguida por volta de 1826, por membro de abastada família da localidade. Hoje em dia, muitos chamam de Igrejinha do Campeche.
De características arquitetônicas singelas e bastante despojada, sua importância deriva da marcante implantação dos elementos que Ihe formam o conjunto, como a nave, com pequena sacristia e torre sineira, o cemitério e, sobretudo, o pequeno Teatro do Divino, tradição açoriana. O Teatro do Divino é uma edificação de pequeno porte, com cobertura de duas águas, e uma abertura encimada por verga em arco abatido.
Ambientada em local bastante aprazível, possui os fundos (onde está localizado o cemitério) voltados para o mar, e à ela tem-se acesso através de caminho que, à altura do Teatro do Divino e do Cruzeiro, abre-se em pequeno largo gramado.
PUBLICIDADE
Com pequenas dimensões, possui cobertura em duas águas. O telhado original era com telha capa e canal, mas foi substituído na reforma em 1974 por telhas francesas. A fachada principal possui abertura encimada por verga em arco abatido e óculo ladeado por dois cunhais em massa e arrematada por cimalha, dois coruchéus e cruz de ferro no vértice do frontão. A torre sineira está localizada à esquerda da fachada principal. A sacristia está em uma das empenas laterais e é fruto de posterior acréscimo, assim como o cruzeiro que se ergue à frente da capela. A capela possui várias imagens, das quais se destacam a de Santa Catarina, doada em 1922 pelo então arcebispo de Florianópolis, D. Joaquim Domingos de Oliveira, e que, segundo a tradição, teria pertencido à Matriz de Nossa Senhora do Desterro. Outra imagem de destaque é a de São Sebastião, feita no século XVII e que está bastante adulterada por sucessivas repinturas.
Todo o conjunto, além de considerado Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Município de Florianópolis, está protegido, também, pela Lei Municipal nº 2.193 de 1985, que instituiu o Plano Diretor de Uso do Solo dos Balneários da Ilha de Santa Catarina, como Área de Preservação Cultural Um (área de interesse histórico).
Fonte: Guia do Bens Tombados de Santa Catarina