Entender a geografia de Florianópolis é um desafio aos olhos e à compreensão dos visitantes. Não só por sua inusitada configuração urbana de cidade dividida entre o continente e a Ilha de Santa Catarina, mas, principalmente, pela diversidade de paisagens que se espalham por seus 433 km². A parte insular é caracterizada por um relevo irregular e por uma costa bastante recortada que, com suas 42 praias, tornou a cidade internacionalmente conhecida. O peculiar perfil humano da população, aliado às riquezas naturais como lagoas, mangues, morros, dunas e pequenas ilhas completam o quadro que faz de Floripa um lugar fascinante.
Proporções e localizaçãoFloripa tem formato alongado, com uma costa de 172 km bem recortada que contorna os 54 km de comprimento e 18 km de largura. A cidade soma 433 km² divididos entre ilha e continente. A capital catarinense está entre os paralelos de 27º10' e 27º50' de latitude sul e os meridianos de 48º25' e 48º35' de longitude a oeste de Greenwich. Florianópolis segue o horário de Brasília, estando 3 horas atrasada em relação ao GMT.
RelevoA cidade está no mesmo nível do mar, mas com relevo bem acidentado, com morros que variam de 400 m a 532 m, sendo o Morro do Ribeirão o ponto mais alto, fornecendo uma vista exuberante da cidade. Além deste, outros pontos altos de Floripa disponibilizam paisagens inigualáveis. No alto do Morro da Lagoa você vê a Lagoa da Conceição, junto com suas dunas, vegetação e residências. O Morro da Cruz já oferece uma atração diferente. O que se vê lá de cima é a paisagem urbana da cidade, mostrando os prédios da Beira Mar e o movimento nas pontes. Quanto ao seu relevo, Florianópolis pode ser dividida em dois lados. Na porção voltada para o continente, há a formação de planícies, favorecendo o ecossistema de manguezais. Já para o lado Atlântico da ilha, o declive é mais íngreme, formando dunas e praias extensas.
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HidrografiaOficialmente, são mais de 100 praias que formam o contorno entrecortado de Florianópolis. E, por ser uma ilha, o que tem de praias em Floripa também tem de bacias. Porém, a maioria delas é minúscula, sendo contadas apenas seis como principais. Na porção oeste da ilha, encontram-se as bacias do Ratones, Saco Grande, Itacorubi e Rio Tavares. Todas estas têm um manguezal em sua foz, o que acontece porque, como as águas deságuam em uma baía e que, portanto, não tem ondas. A matéria orgânica se acumula, fazendo com o que o mangue tenha um cheiro característico. As outras duas bacias, Lagoa da Conceição e Lagoa do Peri, se encontram na porção leste da ilha. Ambas têm ligação com o mar, apesar de a conexão da Lagoa da Conceição não ser natural, construída na década de 1950 porque esta cheirava mal. O canal da Lagoa do Peri é longo e não deixa a água salgada do mar atingir a lagoa, fazendo com que esta seja doce. Já o canal da Lagoa da Conceição é curto, deixando a água do mar invadi-la, tornando esta água salobra.
VegetaçãoEm Florianópolis, há dois tipos de vegetação: Mata Atlântica e Vegetação Litorânea. As duas foram depredadas e exploradas, restando pouco de sua formação original. Mata Atlântica A Mata Atlântica seguiu o padrão nacional em Floripa e foi exaustivamente explorada, restando apenas 12,7% de sua porção original, sendo que esta porcentagem não é de vegetação primária, pois as árvores de maior valor econômico também foram retiradas. Antigamente, a principal origem da exploração era para agropecuária, mas este setor não se desenvolveu na Ilha, fazendo com que hoje a ameaça seja a expansão urbana. Esse tipo de vegetação cresce normalmente em encostas, estando presente em quase todos os morros . Os principais lugares em que a Mata Atlântica está presente são Lagoa do Peri, o Ribeirão da Ilha, o Maciço da Costeira e o Rio Tavares, no sul da Ilha, e Monte Verde, Costa da Lagoa e Ratones ao norte. A Constituição de 1988 passou a considerar a vegetação de Mata Atlântica, em toda extensão da costa brasileira, patrimônio nacional. Além disso, em Florianópolis existem áreas de conservação a níveis municipal e estadual. São vários parques distribuídos ao longo da Ilha, sendo eles: Parque Florestal do Rio Vermelho (no extremo-norte da Costa da Lagoa), Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (parte do parque abrange o extremo-sul da Ilha, na Praia de Naufragados), Parque Municipal da Lagoa do Peri, Parque Municipal da Galheta, Parque Municipal da Lagoinha do Leste, Parque Municipal das Dunas da Lagoa e o Parque Municipal do Maciço da Costeira. O Decreto Municipal nº. 247/86, tombou a região da Costa da Lagoa como Patrimônio Histórico e Natural do Município.