Itacorubi – Bairro de Florianópolis
Região: Região Central da Ilha
Bairros próximos: Santa Mônica (1,5 km) | Córrego Grande (2,5 km) | Lagoa da Conceição (4,5 km) | João Paulo (3,3 km)
Praias próximas: Praia da Lagoa da Conceição (6 km leste) | Praia Mole (9 km leste) | Praia da Joaquina (10 km leste) | Praia de Cacupé (9 km norte) | Santo Antônio de Lisboa (12 km norte) | Praia do Campeche (16 km sul)
Distâncias: Centro e Rodoviária 10 km | Aeroporto 18 km
Encontre também: passeio ecológico, universidade
O bairro Itacorubi localiza-se na região central da Ilha de Santa Catarina, ao longo do principal caminho que leva do Centro de Florianópolis para a Lagoa da Conceição e as praias do leste. Possui boa infraestrutura, uma vez que vários órgãos do poder público do Estado, em sua maioria ligados aos setores agropecuário, indústria e de energia, estão concentrados no bairro, além de um campus da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).
Destacam-se, entre as instâncias responsáveis pela gestão agropecuária, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), a Associação Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB) e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC).
Já entre as repartições relacionadas à indústria estão o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de Santa Catarina (Senai) e a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Também podemos encontrar o Instituto Geral de Perícias (IGP), o Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) e as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
Além da presença dos servidores públicos que ali trabalham, o Itacorubi se caracteriza pela intensa circulação de universitários. Isso porque se situam no bairro o principal campus da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), o Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), as Faculdades Assesc e a Unica.
Outra característica importante do Itacorubi é abrigar dois dos principais hospitais especializados de Florianópolis. De um lado, as margens da Rodovia SC-404 está o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), referência na prevenção e no tratamento de pacientes com câncer. Do outro lado, às margens da Rodovia SC-401, está o SOS Cárdio, especializado no diagnóstico e tratamento de doenças do coração.
Nesta mesma região está outro centro de excelência e referência mundial no fomento à tecnologia. O Parque Tecnológico Alfa, por meio do Centro para Laboração de Tecnologias Inovadoras (Celta), abriga as várias empresas de ponta no desenvolvimento de software e hardware. No prédio principal, funciona a incubadora de empresas do estado e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação no Estado de Santa Catarina (Fapesc). Os diversos prédios do complexo abrigam dezenas de empresas com base tecnológica, além de uma unidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Tamanho conjunto de órgãos e empresas pode fazer qualquer um imaginar o bairro como um lugar cinza, completamente urbanizado. Contudo, a maior parte dele é composta pelo Manguezal do Itacorubi, considerado o maior mangue situado em perímetro urbano do mundo. Além das belezas naturais, este importante ecossistema é chamado de berçário do mar, pois é nele que as espécies marinhas procuram abrigo para a procriação.
A partir de 2016 o Itacorubi passou a abrigar também o Parque Jardim Botânico de Florianópolis, em uma área de 19 hectares, junto à margem da SC-404. Um espaço ecológico para passeio e lazer da comunidade, com lago, trilha, horta comunitária e plantas nativas e exóticas.
Nessa região do bairro também está localizado o Cemitério Municipal São Francisco de Assis, mais conhecido como Cemitério do Itacorubi ou, pelos mais antigos, como Cemitério das Três Pontes.
História
A origem do termo “Itacorubi” é controversa. Uns acreditam que Itacorubi é a versão aportuguesada de “itakuru-í”, nome de um pássaro que habitava a região e de um grupo indígena que ali vivia. Outros defendem que ela veio de “ita-kurubi”, que significa “pedregulho” e faria referência à nascente do rio que corta a região, cheia de pedras e rochas. Há ainda os que associam “itacorubi” a “itacolomy”, cujo significado, em tupi, é “menino de pedra”.
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Em meados do século XVIII, a chegada de imigrantes açorianos e madeirenses alterou significativamente o modo como a Ilha de Santa Catarina era ocupada. Os novos habitantes se fixaram principalmente à beira-mar, mas alguns seguiram em direção ao interior do território e deram origem a pequenos povoados que, mais tarde, se tornariam alguns dos bairros de Florianópolis. Um desses povoados, naturalmente, era o do Itacorubi.
Ao longo dos dois séculos seguintes, a região assumiu características predominantemente rurais: as grandes chácaras produziam uma enorme variedade de frutas, verduras e legumes, havia pastos destinados à criação de gado leiteiro e a pesca complementava a alimentação das famílias. No Morro do Quilombo, despontaram as plantações de café e a produção de carvão mineral.
Essa paisagem bucólica influenciava no modo de vida dos moradores do Itacorubi. Eram comuns as corridas a cavalo, as rinhas de galo, as caçadas e a farra do boi. O futebol também era uma prática recorrente, sendo que os principais times da região eram o Paula Ramos Jr., o Palmeiras e o Ferroviária. As sedes do Paula Ramos e do Ferroviária, aliás, eram utilizadas para a realização dos maiores bailes da região.
No entanto, essa dinâmica passou a se alterar a partir da década 1920, quando o Cemitério Municipal foi transferido da região central – onde seria construída a cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz – para o então bairro das Três Pontes. A inauguração ocorreu em 1925 e para ele foram transferidas mais de 30 mil sepulturas pertencentes aos cidadãos comuns e de membros das irmandades religiosas, confrarias e do cemitério da comunidade alemã.
Tempos depois, na década de 1960, Glauco Olinger, então assessor de agricultura do Plano de Metas do Governo, idealizou a concentração de todos os órgãos públicos ligados à gestão da agropecuária de Santa Catarina em um só lugar. O Itacorubi acabou sendo escolhido para esse empreendimento por se tratar de uma área muito próxima ao centro de Florianópolis e ainda possuir áreas públicas livres.
Posteriormente, outros órgãos públicos se mudaram para o bairro, fazendo com que prédios, loteamentos e novas casas fossem construídos para acomodar os servidores dessas repartições. Eventualmente, a SC-404 foi pavimentada, facilitando o acesso ao leste da Ilha. Todos esses empreendimentos deram origem a um novo Itacorubi, menos rural e mais moderno.
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