Rio Tavares – Bairro de Florianópolis
Região: Sul da Ilha
Bairros próximos: Bairro do Campeche (4 km) | Lagoa da Conceição (6 km) | Costeira do Pirajubaé (6 km)
Praias próximas: Praia do Campeche (3 km leste)| Praia da Lagoa da Conceição (7 km norte)
Distâncias: Centro e Rodoviária 13 km | Aeroporto 9 km
Encontre também: dunas, trilha, vida noturna
O Rio Tavares está localizado na região centro-sul da Ilha de Santa Catarina, entre os bairros Costeira do Pirajubaé, Carianos, Campeche e Lagoa da Conceição.
É um bairro de grande importância no contexto espacial da cidade por ser a principal artéria de ligação entre as regiões norte, leste e central com a região sul da Ilha, uma vez que duas das três únicas vias de acesso cortam o bairro nos sentidos oeste-sudeste e norte-sul.
É por este motivo que o bairro concentra uma grande variedade de lojas comerciais ao longo das rodovias SC-405 e Dr. Antônio Luiz Moura Gonzaga, com destaque para os ramos de móveis, materiais de construção e automóveis, entre outros.
O Rio Tavares também exerce um papel ambiental e sócio-econômico importante, uma vez que parte do bairro está concentrado entre três unidades de conservação que abrigam duas grandes áreas verdes e um manancial de água doce.
No lado noroeste do bairro está o Parque Municipal do Maciço da Costeira (PMMC), com uma extensa área de mata atlântica, abrigo natural para várias espécies de pássaros e da fauna local. É na porção noroeste, junto aos morros, que está localizada uma grande pedreira, de onde são extraídas, diariamente, grandes quantidades de material que abastece o mercado da construção civil nos municípios da Grande Florianópolis.
Na parte nordeste fica parte do Parque das Dunas, que compreende uma vasta área de dunas e vegetação de restinga.
Na região central do Rio Tavares fica o Parque da Lagoa Pequena, uma área com solo arenoso, onde aflora parte do lençol freático, dando origem à Lagoa, arroios e áreas alagadiças.
No extremo-sul do bairro está a Reserva Extrativista da Costeira do Pirajubaé, com seu imenso manguezal cortado pelo Rio Tavares, que dá nome ao bairro. Na foz deste rio está uma comunidade que vive da extração do berbigão, um tipo de molusco pequeno e muito abundante que se transformou num dos pratos mais característicos da culinária ilhoa.
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A parte nordeste do Rio Tavares ocupa uma planície que, outrora, foi uma área de campos e que hoje está tomada por vários loteamentos residenciais. A orla é formada por uma extensa área de restinga e dunas, onde o acesso à praia só pode ser feito a pé, através de trilhas. Curiosamente, a praia que banha todo bairro leva o nome de Praia do Campeche, por se tratar de uma única porção de areia que começa no bairro vizinho, o Campeche, e se estende até a Praia da Joaquina.
Ainda há no bairro grandes áreas livres que misturam pastos, matas e áreas de restinga, dando em certo ponto um ar rural ao Rio Tavares, onde ainda é possível contemplar uma paisagem bucólica de interior. Um outro atrativo natural do bairro é a Lagoa Pequena.
Ao longo do bairro é possível encontrar uma grande variedade de pousadas e casas para aluguel de temporada. As opções gastronômicas no Rio Tavares são ecléticas, variando da culinária japonesa a restaurantes típicos, buffets por quilo, pizzarias, lanches e sorvetes, grande parte deles concentrados ao longo da Rodovia Dr. Antônio Luiz Moura Gonzaga.
Na SC-405 está o Terminal de Integração do Rio Tavares (TiRio), de onde partem os ônibus para os bairro e localidades no sul da Ilha como a Caieira da Barra do Sul, Tapera, Campeche, Castanheiras, Costa de Cima, Costa de Dentro, Armação e o Pântano do Sul. Ao lado do TiRio está a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do sul da Ilha, que é uma policlínica que funciona 24h para atendimentos de emergência.
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História do Rio Tavares
No século XVIII, a região do Rio Tavares foi ocupada por imigrantes da Terceira Ilha dos Açores, que no processo de colonização desenvolveram diversas atividades de subsistência como a pesca e agricultura, com especial atenção para o plantio da mandioca para a produção de farinha nos engenhos de moagem, café, cana de açúcar, milho e a criação de gado. Essa região também ficou muito conhecida em todo estado pela qualidade das melancias e melões que produzia.
Em 1874, se instalou na região a empresa inglesa Western Telegraph Company, que criou uma estação, onde chegava o cabo submarino, responsável pelas comunicações telegráficas naquela época. Essa estação era muito importante, pois servia como ponto de distribuição do sinal entre Florianópolis, Santos (SP) e Rio Grande (RS). Desses dois pontos a comunicação se espalhava para a Europa, África e América do Norte.
A Western Telegraph, também chamada pelos ilhéus de Cabo Submarino, funcionou em Florianópolis até 1973, quando foi desativado o escritório local. Um dos poucos legados restantes é o relógio doado pela empresa, que está instalado na ponta norte do Mercado Público Municipal, no centro da cidade.
Julho, 1971. Outra empresa que escolheu a região – desta vez com impactos ambientais mais consideráveis – foi a Pedrita, com o objetivo de extrair, industrializar e comercializar insumos para a indústria da construção civil, em especial as diversas formas de pedras.
Entre os anos de 2000 a 2010, a região passou a ser alvo da especulação imobiliária desenfreada, com a venda de lotes irregulares e a consequente abertura de ruas irregulares e a proliferação de construções clandestinas em muitas áreas. Mais recentemente, com duas obras importantes, – a criação da terceira faixa na Rodovia SC-405 e o novo acesso para o Aeroporto – o valor dos imóveis tem sofrido grande valorização.
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