Entrevista: O Ozônio que Nos Protege

Julho/2001

Maria Lúcia Arruda de Moura Campos, química, doutora em Oceanografia Química, professora visitante do Departamento de Química (UFSC).

Os assuntos são circulação oceânica, Antártida, destruição da camada de ozônio, poluentes

A Sra. já esteve na Antártida. Foi por um projeto de pesquisa? 
Isso. Foi através de um programa chamado WOCE (World Ocean Circulation Experiment). O objetivo desse programa é "fotografar" a circulação oceânica porque para entender o clima global é muito importante saber como o oceano circula. Então, esse programa WOCE envolve cientistas de mais 30 países, centenas de cientistas, justamente para mapear as condições atuais dos oceanos. Uma das grandes lacunas no conhecimento hoje é como o oceano funciona e como ele atua nas questões climáticas. Todo o globo foi dividido em várias seções. Cada grupo tratou de uma seção. A seção que participei foi a WOCE A-23, justamente estudando as questões físicas, como está o oceano hoje e como isso pode ser alterado pelas questões climáticas.  

E como estão os oceanos? 
Para dar um exemplo prático. Entre a América do Norte e a Europa existe uma circulação chamada Giro do Atlântico Norte que inclui a Corrente do Golfo. Ela passa pelo leste americano e vai em direção à Europa. Essa corrente é muito importante porque ela transporta calor das regiões tropicais e subtropicais para a Europa, depois, quando atinge a região polar, essa água resfriada já está muito salgada e muito densa porque a baixa temperatura e a salinidade aumentam a densidade da água. Ficando mais densa, ela afunda e gera uma circulação. Só que essa circulação não é mais só na camada superior do oceano, é a chamada circulação termo-halina, que move o oceano inteiro, inclusive as águas mais profundas. Se essa circulação termo-halina, por alguma razão, parar, essa Corrente do Golfo também pára e aí esse calor não é mais transmitido para a Europa. Parte da Europa pode congelar e nós vamos ter novamente uma era glacial. Se, por exemplo, houver um aquecimento global e ocorrer o degelo das calotas polares, essa água que é normalmente bastante salina, vai desalinizar. Se ela ficar menos salina, ela não afunda. Se não afunda, ela não puxa a circulação. O WOCE e outros programas estudam para saber se aquecendo a atmosfera em X graus, quantos graus aquece o oceano e em que isso afetaria a circulação.  

Por que o interesse na Antártida? Esse interesse não existe sobre o Pólo Norte? 
Então, em primeiro lugar, o Ártico - pólo norte - vem sendo explorado há muito tempo porque o acesso é muito mais fácil. Quando a pesca da baleia já estava muito desenvolvida no Ártico, a Antártida ainda era uma região totalmente desconhecida. Foi tomado conhecimento dessa região muito depois do Ártico. A Antártida começou a ser explorada pela pesca da baleia. Começou com a questão econômica da pesca da baleia. Ainda tem vestígios de estações baleeiras por ali. Teve um sentido inicial exploratório das suas riquezas. Depois, como a pesca começou a cair muito rápida, ela ficou de lado. Mais tarde, começou a existir a questão: de quem é essa terra? Não é de ninguém. Então, houve um consenso político sobre a necessidade de assegurar que não houvesse exploração das suas riquezas. Além da ocupação "estratégica" da região, existiu a motivação de pesquisar uma região praticamente intocada pelo homem e com características climáticas tão particulares.  

A Antártida é um lugar privilegiado para experiências? 
Ela é muito diferente do resto do planeta pelo seu isolamento, pelas suas condições de temperatura. A Antártida tem as menores temperaturas do planeta, menos 50, menos 80 graus. Lá tem espécies que não tem no resto do mundo, então isso desperta uma curiosidade científica muito grande. Não só pela curiosidade, mas pelo conhecimento científico que aquele ambiente traz. 

Por que o buraco na camada de ozônio foi descoberto primeiro lá? 
A questão do buraco na Antártida tem a ver com a nossa civilização, não necessariamente com a poluição lá, mas com a poluição que a gente gera no hemisfério Norte e Sul. A Antártida é uma região única porque, em primeiro lugar, é muito fria. Se você olhar no mapa, vai ver que ela está bastante isolada dos continentes. Esse isolamento faz com que ela fique muito fria. No inverno, ela tem seis meses sem luz. O que acontece também no Ártico, mas ele tem muita terra ao redor dele. Na Antártida, tem muito gelo. 

É só gelo ou existe terra debaixo? 
Ah, sim. Tem um continente embaixo. No Ártico é que não tem. O Ártico é gelo sobre o mar. Então, as razões para que haja o buraco na camada de ozônio na Antártida. Ela é muito fria e por ser muito fria, ela forma um vórtex polar que a isola do resto do globo. Isso promove a formação de nuvens estratosféricas polares. Essas nuvens, na verdade, são pedacinhos de água e ácido nítrico que congelam, são gotículas, cristais congelados. Isso só pode ser formado em temperaturas extremamente baixas, na ausência de luz e com a presença do vórtex polar. Por isso só acontece na Antártida. Então... esse cristal forma um suporte de reação para transformar as espécies de Cloro que estavam desativadas em espécies de Cloro ativadas. O Cloro que destrói a camada de ozônio é esse cloro (Cl), o cloro atômico. Então o que acontece? Esse cloro que estava na forma inativa reage com esse cristal, que faz parte dessas nuvens estratosféricas polares, formando Cl2 que não reage diretamente com o ozônio. Durante o inverno, no escuro, com o frio vai havendo a formação de Cl2 devido à presença desses cristais. Então, as espécies inativas de nitrato de cloro vão se transformando em Cl2. Vai acumulando, vai acumulando durante o inverno todo. No início da primavera, você tem a presença de luz e ocorre o desprendimento ou a formação de cloro atômico (Cl). É como uma bomba que explode. 

O ozônio é uma molécula com três átomos de oxigênio (O3). Então, o cloro (Cl) com a presença de luz quebra essa molécula e tira um átomo de oxigênio. 
Isso. Numa linguagem leiga, é isso. Ele (cloro) tira um átomo de oxigênio e reage formando o ClO e liberando O2. Se fosse só isso, tudo bem. O pior é que esse ClO volta a ser Cl. Ele perde esse oxigênio, acaba quebrando (destruindo) mais uma molécula de oxigênio e volta a ser o cloro atômico, que é um elemento catalisador, participa da reação, mas não é consumido. Uma molécula de cloro pode reagir com milhares de moléculas de ozônio, principalmente, porque o cloro tem um tempo de vida muito alto, justamente por causa desse ciclo catalítico.  

Além do CFC (clorofluorcarbono), que teve seu uso diminuído depois do Acordo de Montreal, tem outros poluentes que afetam a camada de ozônio. 
Eles tem o mesmo efeito. Por exemplo, eu quando cheguei em Florianópolis, fui comprar uma geladeira e perguntava: qual a diferença entre esse refrigerador e aquele? Ah, esse custa 1.000 e aquele custa 1.200. Não, eu quero saber que tipo de gás tem. Ah, eu não sei. Então, eu tive que telefonar e perguntar ao fabricante que tipo de gás os refrigeradores traziam. Então, por exemplo, a Brastemp dizia que era um gás ecológico. Aí tive também alguma dificuldade para chegar na pessoa que me dissesse que gás era esse. Eles me disseram que era o HCFC134A, que foi chamado de ecológico, mas não é mais chamado de ecológico pelo GreenPeace, por exemplo, não tem mais o selo Verde na Europa.. ele destrói muito menos a camada de ozônio, mas ainda destrói. O objetivo é chegar num gás que não destrua. A capacidade dele absorver os raios ultravioletas é muito alta, então ele (HCFC) é um grande gás efeito estufa. Mas como as pessoas entendem que ele é um gás "verde", você pode começar a usar esse gás de uma maneira descontrolada a ponto de produzir e usar muito mais e causar o mesmo efeito ou até pior que o CFCs. O GreenPeace sugere um novo gás que é simplesmente o isobutano ou propano. Ele não é um gás de efeito estufa, mas o problema é que é inflamável.  

Esse é um componente do gás de cozinha? 
É um primo dele. Como ele é inflamável, os refrigeradores tem de ser construídos de forma a controlar essa inflamabilidade. Toda fábrica que quiser produzir esse refrigerador tem que estar preparada para também suportar o manuseio desse gás. Então, é tudo mais caro. Todo o processo é mais caro. Mas acontece que, por exemplo, o alemão está disposto a pagar por isso. Na Alemanha, os refrigeradores que não tem esse gás já não são mais vendidos.  

Mas é uma tecnologia segura? Se não, as pessoas podem dizer: "ah, eu vou cuidar da camada de ozônio e posso destruir a minha casa." 
Não, ele é bastante seguro. O conteúdo de gás nesses refrigeradores é o equivalente a dois isqueiros. É muito pouco. Mesmo assim, a tecnologia usada, o processo. acaba que o produto é caro. Mas, para os países em desenvolvimento que não tem condições tecnológicas e financeiras, existem tipos de financiamento pelo Banco Mundial para implementar esse tipo de tecnologia. Mas você vai implementar onde? Nas indústrias que já produzem. Então tem que ter vontade política também da indústria querer produzir. Se houver uma pressão da comunidade, do cidadão comum para comprar uma geladeira verdadeiramente "verde", o fabricante produz. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles não produzem refrigerador com isobutano porque a população, o americano de maneira geral, não é consciente dessa necessidade, então não exige que o mercado ofereça. (.) O GreenPeace coloca que, se uma indústria apostar nessa tecnologia, daqui a pouco ela vai estar na frente das outras. A Argentina, que é um país muito parecido com o nosso, já está implantando essa tecnologia e, no Brasil, ainda se continua usando o HCFC. 

Tem gente que chama o GreenPeace de grupo de terroristas ecológicos. Eles tem equipes de pesquisadores e laboratórios de pesquisa?  
Tanto é que eles fizeram essa proposta, bastante inovadora. Aliás, inovadora, não. Esse gás já é conhecido, mas eles estão propondo a tecnologia, estão tornando viável.  
Eles tem um grande número de pesquisadores em laboratórios que eles chamam de "independentes", que fazem suas próprias análises. O GreenPeace faz muito monitoramento. Agora, eu também discordo de muitas das posturas do GreenPeace, mas acabei citando porque foram eles que sugeriram essa mistura de isobutano e propano. Se um país como a Alemanha já usa, em 100% dos refrigeradores, essa tecnologia.. se todo o país está aceitando essa tecnologia não é a questão de alguns radicais propondo alguma coisa impossível. 

O CFC foi muito utilizado em sprays e aerossóis. Todo produto que usa esse tipo de embalagem (desodorante, fixador para cabelo, espuma para barba) pode ter substância que destrói a camada de ozônio? 
Pode ter. Você tem que ligar para o fabricante e perguntar.  

Mas existem outras substâncias que são poluentes e ainda estão sendo muito usadas. Está se falando muito do brometo de metila, que é um pesticida usado em plantações de morangos e tomates. 
São muitos. Por exemplo, tem alguns que fazem parte do pó químico de extintores, outros são usados na fabricação de espuma. Uma coisa que se deve esclarecer: as algas são grandes produtoras de cloro, bromo e iodo também, na forma metilada. Cerca de 25% do cloro existente, que destrói a camada de ozônio, é de fonte natural. Então, essas algas excretam esses compostos voláteis no mundo inteiro e produzem brometo de metila, cloreto de metila, iodeto de metila. que são voláteis, vão para a atmosfera, reagem pouco na troposfera, acabam indo para estratosfera e, uma vez lá, acabam destruindo a camada de ozônio. Então, nós estamos falando do grande vilão, que são os CFCs. Digamos que a natureza já "previa" essa destruição pelas algas. O que a natureza não previa, entre aspas, é essa injeção de outros 75% de cloro na atmosfera, de forma tão rápida. O bromo tem um poder de destruição muito maior. Veja, o CF3Br  tem um potencial de destruição dez vezes maior que um CFC comum.  

E onde é encontrado esse composto? 
Esse composto é usado em extintor de incêndio. O que acontece é que nós tivemos muita sorte. Eu assisti a uma palestra do Dr. Paul Crutzen, ganhador do Prêmio Nobel de Química justamente por ser um dos primeiros a esclarecer a questão da destruição da camada de ozônio. Ele falou que nós tivemos muita sorte de os nossos CFCs serem com cloro e não com bromo. Na verdade, o CFC e o CFBr tem propriedades químicas, custo industrial, etc, muito similares. Por uma sorte, acabou se utilizando o CFC, que é dez menos destrutivo que o CFBr. Então, se por acaso esses propelentes fossem usados com bromo, hoje nós estaríamos numa outra situação ou talvez não estivéssemos aqui para contar essa história. Por que como a ciência é muito lenta, ela demora muito para entender e depois que ela entende, demora muito para atingir a questão política, depois o político demora muito para atingir aquele que produz o poluente, então é um processo muito lento. Não só da ciência, mas prá interromper essa cadeia. Veja, por exemplo, o que está acontecendo hoje com o Protocolo de Kyoto. 

Porque se diz que o buraco sobre a Antártida, algumas vezes,  cresce e outras, diminue? 
Na verdade, não tem um buraco, tem um afinamento da camada. Ela fica mais fina, menos concentrada. (.) Se você pudesse pegar toda a camada de ozônio e trazer para a pressão atmosférica da superfície, você teria 3 milímetros de camada. (...) Então, você tem uma grande quantidade de Cl2 que foi acumulada durante o inverno. Com a chegada da primavera, esse Cl2 passa para a forma atômica (Cl) e começa rapidamente a destruir o ozônio, há uma perda na concentração da camada. Não existe um buraco, só tem menos ozônio na camada, ela está menos densa. 

Isso está sendo medido, de ano em ano, e está sendo comprovado que esse fenômeno está se repetindo toda primavera. 
Toda primavera. Você tem um monte de cloro que vai atacando o ozônio por causa dessa bomba que explode. Depois acaba esse cloro que estava estocado e fica o cloro "normal", nas formas ativas e inativas. Então, você tem um aquecimento pela entrada de luz na primavera que destrói as nuvens estratosféricas polares que é o que promove a formação de Cl2. A atmosfera está mais aquecida, não tem mais aquele vórtex polar que isola a Antártida do resto do mundo. Com a chegada do verão, você começa a ter um retorno da concentração do ozônio. 

Por enquanto a concentração de ozônio está sendo refeita, digamos. 
É assim: se diminui a concentração em uma região, outra região tende a entrar em equilíbrio com essa. Começa penetrar ozônio de outras regiões para tentar suprir isso, entrar em equilíbrio novamente. Mas o resultado final é uma concentração de ozônio mais baixa que no ano anterior. Essa camada, ano após ano, vai ficando cada vez mais rarefeita. Isso é o que se chama "aumentar o buraco da camada de ozônio". Esse aumento é causado porque  a "bomba", digamos assim, que explode é cada vez mais forte. Nas regiões mais ao norte da Antártida, nas ilhas Malvinas, está tendo um índice enorme de catarata em carneiros. Não tinha isso antes, o "buraco" não chegava até lá. Quando a "bomba" era menor e destruía o ozônio nessa região da Antártida, só pegava ozônio da vizinhança para tentar recompor a camada. Como essa "bomba" está cada vez mais potente, a camada acaba "roubando" ozônio de uma área cada vez maior.  

Tem regiões que são mais vulneráveis? Fala-se nessa característica mais rarefeita da camada sobre a região do Vale do Itajaí. 
Tem duas questões. Uma é a destruição da camada de ozônio que ocorre, principalmente e mais intensamente na época da primavera, na Antártida. E tem ozônio na estratosfera do globo que está sendo destruído todo o tempo. A camada de ozônio sobre nós está sendo mais destruída do que reposta. (.) Por que o ozônio nos protege da radiação ultravioleta? Porque ele reage com o ultravioleta, formando O2 + oxigênio. Isso quer dizer proteção. A destruição do ozônio é que nos protege da radiação ultravioleta. Ele absorve a radiação, não deixa que ela chegue até nós. Então, a destruição do ozônio é um fenômeno natural. Ele usa a radiação, fica com ele, a radiação não chega até nós. Acontece que, naturalmente, também há formação de ozônio. O O2 volta a reagir com o oxigênio (O) para formar o O3. Então, é um ciclo de destruição e formação. Se você está em equilíbrio, dez moléculas são destruídas, dez moléculas são recuperadas. O que está acontecendo? O homem está adicionando cloro e bromo no ambiente que aceleram essa destruição. Então, dez moléculas são destruídas, sete são recuperadas. Está havendo uma destruição maior do que a recuperação em todo o planeta. A Antártida é a região mais afetada. 

E o ozônio de baixa altitude? Como se ele forma? 
Ele se forma pela reação dos óxidos de nitrogênio (NO e NO2) com os compostos chamados carbono-orgânico-voláteis, que são produzidos pela combustão da gasolina. O papel dos catalisadores nos carros é minimizar a formação desses compostos (.) O ozônio é um bactericida. Por isso que ele faz mal prá gente. Se respirar esse ozônio, a gente vai estar respirando radical livre. O que acontece? O ozônio se decompõe em O2 + O. Esse "O" é um radical livre. Ele é muito instável, ele quer reagir e vai reagir com a matéria orgânica. Na hora em que reage, ele modifica a estrutura molecular da matéria orgânica. O câncer, por exemplo, é um processo onde células, por alguma razão, foram modificadas e passam a se reproduzir de forma desordenada. (.) Veja, se você tem uma bactéria na água e está ozonizando essa água, você está desinfetando porque está matando a bactéria. Porque você está produzindo um radical livre que é instável e extremamente reativo. Agora, se a gente respira esse ozônio, no nosso pulmão ele vai se transformar também em O2 + O e vai reagir com a mucosa, vai causar dor de garganta, vai irritar os olhos. 

Não há relação direta entre a destruição da camada de ozônio e o aumento do efeito estufa, mas os dois fenômenos juntos podem causar mudanças climáticas severas? 
O que a destruição da camada de ozônio pode causar é fazer com que a superfície da Terra receba maior incidência de raios ultravioletas. O CO2 é o grande vilão na história do aumento do efeito estufa. Se você tiver  mais ultravioleta chegando, você pode ter também mais aquecimento. O problema maior da destruição da camada de ozônio é o efeito biológico e não o efeito na temperatura. Tem que se preocupar por aí. Catarata, câncer de pele. Esses problemas já são notórios em várias regiões na Austrália, Nova Zelândia, nas Ilhas Malvinas. (.) Existem estudos sobre algas em intensidade maior de ultravioleta para ver como o metabolismo delas muda. Você pode estar criando espécies mutagênicas. Você pode ter problemas de câncer, que é uma célula mutagênica. Você pode também estar criando organismos mutantes. Existe muita pesquisa nesse assunto.  O aumento da intensidade ultravioleta vai causar danos biológicos, que são os mais imediatos, mais importantes, mais assustadores, em toda a cadeia biológica. O que acontece é que se você afeta um elo da cadeia trófica, você afeta a cadeia trófica inteira. 


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Para ler:

  • Colin Barid. "Environmental Chemistry". W. H. Freeman and Company, New York, 1995. Revista Química Nova na Escola, editada pela Sociedade Brasileira de Química. 

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