Na colina próxima ao mar, o bandeirante Francisco Dias Velho fundou, em 1673, a póvoa em homenagem a Nossa Senhora do Desterro. E é neste local que está atualmente a Praça XV de Novembro, com sua pavimentação em petit pavê que forma um admirável mosaico com motivos do folclore ilhéu elaborado pelo artista plástico Hassis.
Foi a partir dali que a cidade começou a expandir-se, com suas pequenas ruelas costeando a praia. Até hoje a malha viária original está conservada no Centro Histórico, com as ruas João Pinto, Tiradentes, Víctor Meirelles, Fernando Machado, Anita Garibaldi, Saldanha Marinho, Nunes Machado, Antônio Luz e Travessa Ratcliff a leste e ruas Francisco Tolentino, Conselheiro Mafra, Felipe Schmidt, Trajano, Deodoro, Jerônimo Coelho, Sete de Setembro, Álvaro de Carvalho, Pedro Ivo e Padre Roma a oeste.
Esta área concentra uma grande quantidade de construções históricas, as quais apresentam as características arquitetônicas originais preservadas por lei.
Na Praça XV está o Monumento em Honra aos Heróis Mortos na Guerra do Paraguai e os bustos que homenageiam catarinenses famosos: Cruz e Sousa, poeta, Victor Meirelles, pintor, José Boiteux, historiador, e Jerônimo Coelho, fundador da imprensa no Estado.
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Arborizada durante o século XIX, a praça recebeu árvores de grande porte, como palmeiras imperiais, ficus indianos e cravos da Índia, mas com certeza a vedete arbórea é a Figueira Centenária. Diz-se que ela nasceu em 1871 em um jardim que existia em frente à Igreja Matriz e que foi transplantada para o seu lugar atual em 1891.
Tradicional, cantada em prosa e verso pelos artistas ilhéus, traz consigo superstições, como a de contorná-la várias vezes para atrair casamento e fortuna. Se a simpatia funciona ou não, só testando para saber, mas não deixe de aproveitar sua sombra fresca, que abriga vários banquinhos onde os aposentados da cidade descansam e jogam conversa fora.