A Ilha de Anhatomirim (nome indígena) localiza-se na Baía Norte, próxima ao continente. Integra o Município de Governador Celso Ramos.
Sua posição estratégica – na entrada da Baía Norte – foi responsável pela construção da Fortaleza de Santa Cruz que, no século XVIII, configurava o terceiro vértice de um sistema triangular de defesa, formado ainda pelas Fortaleza de São José da Ponta Grossa e Fortaleza de Santo Antônio de Ratones.
Este sistema deveria proteger a Barra Norte da Ilha de Santa Catarina das investidas estrangeiras – principalmente da Espanha – e consolidar a ocupação portuguesa do Sul do Brasil setecentista.
Em 1894, durante a Revolução Federalista, esta Ilha serviu de prisão e base de fuzilamentos de revoltosos contra o governo de Floriano Peixoto (na Fortaleza de Santa Cruz). Em 1907, passou a pertencer ao Ministério da Marinha e voltou a ser utilizada como prisão no desfecho da Revolução Constitucionalista, em 1932. Funcionou como Fortaleza até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando o aparecimento de novas tecnologias bélicas tornou-a obsoleta como unidade militar. Foi, assim desativada.
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O acesso à ilha é possível através do serviço de barcos de passeios (escunas), que partem de pontos distintos de Florianópolis – principalmente do trapiche de Canasvieiras, do trapiche da Beira-Mar Norte e sob a Ponte Hercílio Luz. Pode-se fazer a travessia também em pequenas embarcações que partem das praias do Sambaqui, Daniela e Praia do Forte, localizadas ao norte de Florianópolis e, também, pela Praia do Antenor, no município de Governador Celso Ramos.
Ao sul da ilha há uma pequena praia e um trapiche para atracação de barcos e desembarque de passageiros.