Guia Floripa

Pesca Submarina

A pesca submarina é uma atividade que consiste na caça de espécimes aquáticas, geralmente peixes, utilizando técnicas de mergulho livre. Em Santa Catarina, a Pesca Sub é geralmente praticada no mar por conter águas claras, dando maior visibilidade para o pescador encontrar os peixes. Entretanto, o esporte também pode ser praticado em rios, lagoas e locais onde outras modalidades de pesca (de linha, de rede, tarrafa etc.) são permitidas, com exceção para áreas que contenham regulamentação própria, como é o caso da Lagoa da Conceição e Ilha do Arvoredo, onde a Pesca Sub é proibida.

Com o intuito de evitar a pesca predatória, a atividade proíbe o uso de cilindros e aparelhos de respiração artificial, ou seja, tudo deve ser feito em apneia (com a respiração presa). Além disso, para conter excessos, o limite estipulado para a pesca sub em águas marinas e estuarinas é de 15 kg, mais um exemplar de qualquer tamanho. Já para águas continentais, o limite de cota de captura e transporte federal de pescado por pescador é de 10 kg, mais um exemplar de qualquer tamanho.


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Onde é praticado

Em Florianópolis, as áreas mais cobiçadas para a prática da Pesca Sub são as ilhas do litoral, como a Ilha do Xavier, localizada em frente à Praia Mole. Por possuir uma grande área de fundo rochoso, esses locais abrigam uma grande variedade de peixes, como a Garoupa, Robalo, Badejo, Sargo, Olhetes e muitos outros. Outros locais bem frequentados pelos Pescadores Sub são os costões de praias. Neles, os pescadores encontram grande quantidade de pedras no fundo das águas, boa visibilidade e fácil acesso, não necessitando o uso de qualquer embarcação.

O que precisa

Para praticar o esporte, o mergulhador precisa de um equipamento adequado: Roupa de neoprene, máscara, luvas, botas de borracha e nadadeiras são indispensáveis. O Pescador Sub também deve carregar uma arma de ar comprimido, utilizada para caçar peixes em tocas, ou um Arbalete, arma de elástico que serve para caçar tanto peixe de passagem como de toca. No mais, o pescador deve levar sempre uma faca e, principalmente, uma boia de superfície para avisar embarcações próximas de que existe mergulhador na área.

Técnicas Utilizadas

A técnica mais usada na prática do esporte é a pesca de espera, que exige pouco esforço, mas muita paciência. Para realizá-la, o pescador deve permanecer imóvel e esperar que os peixes curiosos se aproximem. Essa caça costuma abater peixes como Robalo e Sororoca.

Já em profundidades intermediárias, a técnica ideal é a caça de toca, no qual o pescador usa uma lanterna para encontrar os peixes entocados em pedras, pegando-os de surpresa. Essa técnica costuma abater espécimes como Garoupa, Badejo, Robalo, Sargo, Olhete, Olho do Boi, Pampo, Polvo, além de Mariscos, Ouriços e outras conchas.

A melhor parte para acertar um peixe é na cabeça, sobretudo no olho, causando a morte imediata no animal. Caso não acerte a cabeça, outra região vulnerável é a cauda, onde está localizada a coluna vertebral, desnorteando o peixe em pouco tempo.


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Recomendações

Por conta dos perigos e altos riscos de realizar um mergulho em apneia, hoje, a atividade é classificada como um esporte radical. Um dos riscos que o pescador corre é a falta de oxigenação no corpo, causada em quem mergulha mais fundo do que deveria. Portanto, para efetuar a pesca, a principal regra de segurança é de ter conhecimento do seu próprio limite. Além disso, é recomendado mergulhar sempre em duplas ou em grupos, pois, em caso de imprevistos, o mergulhador terá alguém por perto para ajudá-lo.

Para evitar tais imprevistos, o pescador deve praticar alguns exercícios respiratórios na superfície, visando o aumento do fôlego para ficar mais tempo debaixo d’água. Nesse caso, a técnica mais utilizada é a hiperventilação, que intercala respirações lentas e profundas, que servem para oxigenar o corpo e expulsar o gás carbônico, garantindo até quatro minutos de fôlego para o mergulho.

É importante ressaltar que a pesca sub é unitária, pois somente é pego um peixe de cada vez. É seletiva, pois o pescador escolhe o peixe que vai ser pego. E, sazonal, pois é impossível pescar em determinadas épocas do ano. A melhor época para a pesca é o verão, pois, a água está mais quente e clara, dando maior visibilidade para procurar os peixes. Além disso, nos dias em que o mar está com grandes ondas, a pesca deve ser evitada por questões de segurança.

Licença

Para a prática da pesca amadora em qualquer modalidade (linha, caniço, rede, garrafa etc.) é necessário uma licença expedida pelo Ibama. Para a pesca subaquática ou submarina também é necessário uma licença, que tem validade de um ano a partir do pagamento. O não pagamento implica apreensão do material e do produto da pesca, além de outras sanções previstas no Artigo 56 do Decreto-Lei n° 221, de 28.02.67 e legislação complementar.

Veja aqui como fazer sua licença para pesca amadora desembarcada.

Veja aqui como fazer sua licença para pesca amadora embarcada.

Importante:

– A tarrafa somente poderá ser utilizada em regiões marinhas;
– Aposentados de qualquer idade e maiores de 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres) devem tirar sua licença vitalícia – que é gratuita (Lei Federal nº. 9059/95). É só comparecer à Regional do Ibama/Pocof, no Bairro do Córrego Grande, tanto para emitir sua licença definitiva quanto para efetuar denúncias. Informações pelo telefone (48) 3212-3332.

– Leia aqui a Instrução Normativa nº 21 de 4/7/2005, que dispõe sobre regras para atividade de pesca amadora praticada no litoral de Santa Catarina.

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