O comprometimento dos cidadãos com a reciclagem do lixo é um dos importantes indicadores da qualidade de vida em Florianópolis.
Realizada pela Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) desde 1986, a coleta seletiva, juntamente com a reciclagem, é uma forma eficaz de tratamento de resíduos. Com ela, a quantidade de lixo enviada para o aterro sanitário diminui, aumentando a vida útil do lugar. Além disso, ajuda na economia de recursos naturais, oferece melhores condições de trabalho para os catadores e gera novos empregos nas indústrias recicladoras.
Atualmente todo o material seletivo recolhido é doado para Associações de Catadores, que separam e vendem, gerando renda para suas famílias.
Consulte pelo número (48) 3271-6838 qual dia da semana o caminhão passa no seu bairro em Florianópolis.
O que pode ser reciclado
Papel: Jornais, revistas, cadernos, folhas de rascunhos, papel de embrulho, saco de pão, embalagens Tetra Pak, entre outros.
Vidro: Garrafas, potes, frascos de alimentos e perfumes, vidros de automóveis, entre outros.
Metal: Fios, arames, latas de bebidas e de alimentos, pregos, parafuso, objetos de ferro, bronze, zinco e cobre.
Plástico: Garrafas de água e de refrigerante, potes de alimentos, frascos de produtos de higiene e limpeza e brinquedos.
Para a segurança dos coletores, todo material separado para a reciclagem deve estar limpo. Vidros e objetos cortantes devem ser embrulhados em folhas duplas de jornal.
Uma forma de facilitar o trabalho de quem quer reciclar em Florianópolis é o aplicativo Recycle Mapp, disponível para telefones Android. Criado por alunas da rede pública municipal da capital, o software permite localizar os pontos de descarte mais próximos de casa, além de possibilitar a colaboração dos usuários para indicação de novos locais. Inclusive materiais difícil descarte – como eletrônicos, pilhas e baterias, remédios vencidos e até óleo de cozinha usado – têm informações para que os moradores possam realizar a reciclagem corretamente na Grande Florianópolis.
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O que não pode ser reciclado?
Rejeitos: Cigarros, papel e absorventes higiênicos, lenços de papel, fraldas descartáveis, papéis engordurados.
Produtos Específicos: Espelho, couro, cerâmicas, fitas adesivas, esponja de aço, tubos de televisão, lâmpadas, isopor, adesivos e fotografias, vidro refratário de panela e travessa para microondas, louça, barbeador descartável, clipe e grampo, tomada, esponja de aço, papel carbono, entre outros.
O que fazer com o lixo orgânico?
O lixo orgânico deve ser encaminhado para a coleta comum. Outra alternativa é transformar cascas de frutas, legumes e sobras de alimentos em adubo orgânico, realizando a compostagem. Esta técnica tem se popularizado no Brasil e especialmente em Florianópolis, pois utiliza adubo para a produção de alimentos, flores, plantas, temperos, mudas, etc. Tanto que em 2017 o governo federal lançou uma cartilha com o objetivo de esclarecer e acabar com mitos sobre a compostagem, de forma a utilizar o potencial de vida dos resíduos orgânicos para o dia a dia da população.
A cartilha cita dois exemplos implementados em Florianópolis. O primeiro é a Revolução dos Baldinhos, um projeto de gestão comunitária de resíduos orgânicos no bairro do Monte Cristo. Por conta de problemas como o excesso de resíduos jogados nas ruas e as vias estreitas que dificultam a coleta, a comunidade se mobilizou para buscar uma solução. Até que surgiu a ideia de separar as sobras de alimentos em baldinhos com tampa, com objetivo de reciclar por meio da compostagem na própria comunidade. A distribuição dos baldinhos começou com cinco famílias e cresceu à medida que os próprios participantes divulgavam o projeto, até chegar a 200 famílias que deixavam os seus resíduos em 43 pontos de entrega voluntária. Segundo a organização, o formato recicla 12 toneladas por mês de resíduos orgânicos e produz três toneladas mensais de composto orgânico, incentivando a produção de alimentos na comunidade e evitando a proliferação de roedores por conta do lixo espalhado pelas ruas. Veja mais.
Outro projeto de Florianópolis mencionado na cartilha do Ministério do Meio Ambiente é realizado pelo Sesc. A entidade começou a realizar a gestão de resíduos orgânicos nas três unidades de Florianópolis (Estreito, Prainha e Cacupé) em 2012. Os resíduos coletados eram enviados para um único pátio de compostagem, localizado no hotel Cacupé, com objetivo de diminuir os custos. Desde lá, criou-se a rotina de enviar diariamente cerca de 20 a 35 bombonas, que variam entre 50 e 60 litros, cheias de resíduos orgânicos coletados nas unidades do Estreito e da Prainha para o pátio em Cacupé. O Sesc estima que nos três primeiros anos de execução o projeto tratou 670 toneladas de resíduos, gerando 210 toneladas de composto orgânico que foram doados para prefeituras, escolas e comunidades da região. Leia mais sobre o projeto.
Quer fazer também? Esses são os passos para a compostagem:
Coloque camadas alternadas com restos de comida, grama, folhas mortas com terra em uma lata sem fundo até enchê-la. A última camada deve receber terra, grama ou folhas mortas;
Mantenha o material úmido e misture duas vezes por semana para que o ar chegue aos microorganismos;
Após 90 dias o adubo está pronto.
Não coloque carne na mistura do adubo orgânico
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O que fazer com o óleo de fritura?
Muita gente ainda não sabe, mas o óleo de cozinha doméstico também pode ser reciclado. O que antes era despejado no ralo da pia, vaso sanitário ou em bueiros, contaminando o meio ambiente e podendo provocar acidentes, hoje já é reaproveitado graças ao projeto ReÓleo.
Para participar, você deve levar o óleo usado dentro de uma garrafa pet (refrigerante) até o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) mais próximo. A iniciativa é da Associação Comercial Industrial de Florianópolis (ACIF), que desde 1998 recolhe o material e envia para uma empresa do Paraná.
Já para os comerciantes e fast foods, que descartam quantidades significativas, a sugestão é entrar em contato com entidades licenciadas pelo órgão competente da área ambiental para dar o destino adequado ao resíduo. Isto pode ser feito pelo e-mail reoleo@acif.com.br.
O produto é utilizado como matéria-prima para produção de fertilizantes, desmoldante para construção civil e óleo para corrente de motoserra. Além disso, também pode virar sabão. Em Florianópolis existem oito postos de coleta: nos Postos Galo e nas sedes da Acif e da Comcap.
Condomínios interessados também podem se cadastrar no projeto. Para isso, basta entrar em contato com a Acif pelo telefone (48) 3224-3627 ou site.
Dica: Entregue o resíduo na Acif Regional Ingleses – Rua Intendente João Nunes Vieira, 1683 – Ingleses; na CTRes Comcap – Rodovia Admar Gonzaga – Itacorubi. Ou veja os Postos Galo mais próximo da sua casa e preserve.
Shopping Itaguaçu: 3246-2466
Atilio Pedro Pagani: 3242-5490
Saco dos Limões: 3333-5098
Barra da Lagoa: 3232-3284
Aririú (Palhoça): 3342-0265
Rio Tavares: 3237-4432
Estreito: 3244-0057
Lagoa da Conceição I: 3232-0156
Lagoa da Conceição II: 3234-4780
Almirante Lamego (Centro): 3225-4666