O Morro da Cruz, também conhecido como Maciço do Morro da Cruz ou Maciço Central de Florianópolis, é uma formação rochosa localizada na parte insular da cidade. De forma levemente sinuosa, com largura média de 800 m, o Morro da Cruz se estende por quase 5 km no sentido das Baía Norte e Sul. No seu pico, a 285 m de altura, estão o Mirante do Morro da Cruz, de onde se tem uma das melhores vistas panorâmicas dos bairros centrais de Florianópolis e da região continental, algumas emissoras de rádio e televisão e as principais antenas de telecomunicações da cidade.
O Morro da Cruz é um dos melhores pontos para se contemplar uma vista panorâmica de Florianópolis, permitindo uma visão privilegiada das duas baías, das pontes que ligam a ilha ao continente e dos bairros na região continental. Em dias claros, pode-se avistar também grande parte dos municípios da grande Florianópolis, como Palhoça, São José e Biguaçu. No patamar junto à cruz, é possível visualizar os bairros da Trindade, da Agronômica, do Saco Grande, do Itacorubi , do João Paulo, de Cacupé e a Barra do Sambaqui. Em direção ao sul, é possível ver o aeroporto Hercílio Luz.
O principal acesso ao mirante do Morro da Cruz é feito pela Rua do Antão (via Beira Mar Norte), por meio do bairro Agronômica, cujas curvas sinuosas também permitem uma vista panorâmica da cidade. Ao final da estrada, chega-se a um pequeno largo, que serve de estacionamento tanto para as emissoras de TV e radiodifusão quanto aos turistas que visitam o local. Para se chegar ao mirante, caminhe pela via à esquerda dos prédios. A entrada é gratuita.
É aconselhável não permanecer no local durante a noite.
História
Nos tempos da Vila de Nossa Senhora de Desterro, o Morro da Cruz era chamado de Morro do Sinal ou Morro do Pau da Bandeira, já que em seu cume havia um posto semáforo, com um mastro, onde era hasteada uma bandeira para avisar, por meio de códigos, da entrada de embarcações nas duas baías.
Mais tarde, com o desenvolvimento da Vila Capital, passou a ser chamado de Morro do Antão. Essa denominação se deu em razão de Antão Lourenço Rebolo, um português proprietário de terras na encosta do morro. Na parte leste da vila, por onde passava o caminho que ligava a Freguesia da Santíssima Trindade, também era conhecido como Trás do Morro. Nessa época, o então Morro do Antão teve um papel fundamental, uma vez que de suas encostas vertiam cursos d’água que abasteciam a região central da Vila e de onde era retirado o barro para as olarias que produziam as peças de barro utilizadas no cotidiano da população, bem como os tijolos para as construções.
Naquele tempo, a capital ainda era uma pequena cidade, cujo acesso entre os bairros do Centro e da Trindade era uma aventura. Por isso, muitos cortavam caminho por uma parte do morro, que compõe o maciço do Morro da Caixa. Apesar das dificuldades de acesso à época, o morro já era visitado com frequência tanto por moradores da capital como por excursionistas. O caminho pela estrada do Pau da Bandeira era a passagem mais curta entre a capital e a freguesia do bairro da Trindade.
Na virada do século XIX para o século XX é que recebeu a atual denominação de Morro da Cruz, quando no seu topo foi erguido um pedestal com uma cruz de madeira em cima.