Fundado no dia 26 de julho, Canal Macumbaria já ultrapassou as 31 milhões de visualizações na plataforma virtual
O maior canal catarinense sobre cultura e religiosidade afro-brasileira do YouTube está em clima de celebração. Trata-se do Canal Macumbaria, que está completando seis anos neste dia 26 de julho.
O com cerca de 31 milhões de visualizações no total, o Canal Macumbaria é uma iniciativa da cantora Juliana D Passos. Ela que vive em São José e é uma das maiores influenciadoras digitais do segmento afro-brasileiro. “Chegamos aonde eu nunca imaginaria chegar; recebemos mensagens do mundo inteiro e é esse carinho que nos fortalece nos momentos de dificuldade”, declara a artista.
Ao longo desses seis anos, foram várias histórias e momentos marcantes. Nesse sentido, o canal passou por diversas fases e não parou durante a pandemia.
Nos últimos anos, durante o isolamento social, o time de colaboradores realizou lives, fez gravações de pontos, replicou shows pelo Brasil e até gravou videoclipes, reduzindo drasticamente o tamanho das equipes e, em alguns casos, até modificando roteiros e direção artística. “A gente usava máscara e álcool gel o tempo todo, ficávamos em no máximo três em um espaço que antes caberia 20 pessoas: tudo para garantir a continuidade desse trabalho que todos nós amamos”, afirma Thiago Vieira, responsável pela parte técnica musical e audiovisual do canal.
Outra característica que ajudou a projetar o trabalho de Juliana foi seu carisma e seu bom humor, explícito nas redes sociais e até nos vídeos profissionais do YouTube.
Por fim, o apoio das leis de incentivo à cultura também ajudou a sobreviver na pandemia e a tirar alguns projetos do papel. Foi o caso dos cinco videoclipes gravados no ano passado sobre as divindades e entidades iorubás Xangô, Exu, Maria Padilha, Iansã e Zé Pelintra.
Em um país onde 59% dos crimes de intolerância são direcionados às religiões de matriz africana, comemorar seis anos ininterruptos no ar em paralelo a um espetáculo musical, é também uma forma de resistir e de perpetuar a cultura dos nossos ancestrais.