Saiba como usar esse instrumento financeiro, que pode aumentar sua participação em fundos e incrementar seu capital

Dentro do universo dos investimentos, há ferramentas pouco conhecidas. Uma delas é o direito de subscrição, que ocorre quando um investidor de um fundo ou de uma empresa possui o direito de comprar ações a um preço pré-estabelecido. Trata-se de uma vantagem estratégica, pois o preço pré-determinado das ações de um fundo é, geralmente, um preço inferior ao do mercado.
Por exemplo, você tem 100 cotas de um determinado fundo. Se esse fundo for dobrar de tamanho, você pode exercer o direito de adquirir essas novas ações ou vender a sua vantagem a outro investidor interessado. O direito de subscrição pode ser uma forma de alavancar investimentos, principalmente quando há uma expansão de capital da empresa ou do fundo em questão. Entenda como essa ferramenta ajuda investidores a aumentar ou a manter sua participação no ativo.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Como funciona o direito de subscrição?
É importante compreender como opera o direito de subscrição para aproveitar ao máximo suas vantagens, tomando as melhores decisões caso a caso no intuito de aumentar seus ganhos.
De forma geral, há três opções em jogo para um acionista com esse direito. Quando a empresa ou o fundo decidem comprar novas ações ou cotas, isto é, expandir seu capital, ele poderá:
- Exercer o direito: comprar novas ações antes de serem colocadas no mercado a um preço atrativo;
- Vender o direito: se preferir não investir mais dinheiro naquele momento, o acionista poderá vender o seu direito de subscrição para um interessado no mercado aberto. A negociação do direito só é permitida quando a oferta é pública, ou seja, não é restrita;
- Comprar mais direito: é possível, ainda, incrementar o seu direito de subscrição e aumentar sua participação no fundo ou na empresa.
Vantagens e riscos do direito de subscrição
O direito de subscrição oferece benefícios estratégicos aos investidores, mas também apresenta riscos que devem ser avaliados antes de qualquer decisão.
Vantagens
- Preço atrativo: A possibilidade de adquirir novas ações ou cotas a um preço inferior ao de mercado pode gerar ganhos financeiros significativos.
- Proteção contra diluição: Ao exercer o direito, o investidor mantém ou aumenta sua participação no ativo, evitando uma redução proporcional caso novos sócios entrem no fundo ou na empresa.
- Flexibilidade de negociação: Em ofertas públicas, é possível vender o direito de subscrição no mercado, convertendo essa vantagem em lucro imediato.
Riscos
- Necessidade de capital: Exercer o direito exige disponibilidade financeira, o que pode limitar investidores com orçamento restrito.
- Valorização incerta: Nem sempre a valorização futura das ações ou cotas é garantida, tornando o investimento mais arriscado.
- Impactos de decisão errada: Não avaliar bem as condições do mercado pode levar à perda de oportunidades ou à aquisição de ativos com baixo potencial de retorno.
Para aproveitar ao máximo os benefícios e minimizar os riscos, é fundamental considerar sua situação financeira, os objetivos de longo prazo e as condições do mercado antes de tomar uma decisão. [1]
Como o direito de subscrição beneficia investidores?
O direito de subscrição pode ser entendido como um “direito de preferência”. O principal ganho do acionista que possui esse direito é manter a sua participação em um fundo ou em uma empresa sem que isso dilua as suas ações durante a emissão de novas ações ou cotas.
Diluição de ações acontece quando um investidor passa a ter menor participação no ativo em que ele comprou cotas ou ações. Isso pode ocorrer após a emissão de novas ações, o que diminui, por proporção, a parcela de cada cotista. A participação também pode ser reduzida quando há a entrada de novos sócios no fundo ou na empresa. Comumente, a diluição de ações ocorre em empresas em rápido desenvolvimento, como startups.
Devo exercer ou vender meu direito?
A decisão depende de fatores como o preço da subscrição, a expectativa de valorização da empresa e a situação financeira do investidor. Aqueles que escolhem exercer o seu direito de subscrição expandem sua participação na empresa. Porém, os que não exercem ou vendem esse direito estão sujeitos a ter sua participação reduzida, conforme novas ações são emitidas.
De maneira geral, funciona assim: se o preço das novas ações for interessante, exercer o direito deve ser uma opção benéfica a longo prazo. Caso contrário, a venda do direito pode ser a melhor decisão para aumentar os recursos sem ter que investir mais capital.
As consequências específicas da escolha de cada investidor que possui direito de subscrição vão variar de acordo com:
- O preço da subscrição;
- A expectativa de valorização da empresa;
- A disponibilidade de capital do investidor.
Analisar as condições do mercado e considerá-las em relação aos seus objetivos financeiros é fundamental para tomar a melhor decisão.