Todo homem e toda mulher precisa de uma música intraduzível. Desta vez é um Periplo poético, que tenta atravessar a espessura do real, onde os corpos são palco das transformações. Conversando com notáveis autores argentinos, J. Cortázar, E. Tuñon, Lamborghini, R. Juarroz entre outros, espiamos o comportamento humano como um mistério inesgotável.
Dormir… acordar… a tarefa de amaciar o tijolo todos os dias, a tarefa de romper a massa grudenta que é proclamada mundo. Estamos dormindo ou acordados? Os mesmos sapatos, o mesmo gosto para o mesmo creme dental. E é errado se as coisas nos encontrarem a cada vez e são as mesmas? Por que isso seria errado? Mas somos obrigados a deixar o sol sair todos os dias …
Sonhamos ou estamos tomando café com leite? Sonhamos ou estamos abrindo o jornal? Nós abrimos nossos olhos, um sonho desaparece, um sonho frustrado, um sonho abandonado … Como ressuscitar para dormir? Como voltar ao dia em que o sonho poderia ser nosso? Todo sonho é censura e, ao mesmo tempo, uma porta semi-demolida. Acordamos ou sonhamos que estamos diante dessa porta? Ou será que o sono nos espera por trás dessa porta?