Trata-se da obra “Memórias de uma Benzedeira Contemporânea – Da Insanidade ao Sagrado”, assinada por Camila Gomes
Por muito tempo, o benzimento foi o único recurso para quem não tinha acesso a serviços de saúde. Cabia às benzedeiras proferir seus bem-dizeres para evocar a cura do corpo e do espírito. Em Florianópolis, este conhecimento tradicional não se perdeu. E para valorizar essa tradição, Camila Gomes, escreveu “Memórias de uma Benzedeira Contemporânea – Da Insanidade ao Sagrado“. O livro está em fase de financiamento coletivo para publicação através da plataforma “Apoia-se” e recebe contribuições até o dia 21 de outubro.
O livro apresenta um relato de experiências autobiográficas da sua trajetória. Em seu processo de autocura, ao longo de quase duas décadas, a a autora vivenciou diferentes religiões, virou mãe, educadora popular, formou-se em Psicologia e se tornou terapeuta holística até se constituir como benzedeira autônoma.
Camila Gomes tem 41 anos e é a mais jovem entre as mapeadas pelo projeto “As benzedeiras de Florianópolis: inventariando saberes”. O levantamento realizado por uma equipe de cientistas sociais contou com recursos do edital Elisabete Anderle de incentivo à cultura em 2019, em reconhecimento a esta prática que é patrimônio imaterial da ilha.
